Nos meses seguintes direcionamos o foco do nosso tabalho para acompanhar o desenvolvimento dos novos irmãos, fazer visitas e participar de atividades para a edificação do Corpo de Cristo na terra. Como em estudos Bíblicos sobre os primeiros passos como discípulos de Jesus com os irmãos que moram no Xaxim, nas confraternizações com vários amigos desse grupo (como no aniversário de nossa irmã Maria Helena), que mudou o local de reunião e cresceu bastante. Ou em visitas nas casas dos novos irmãos, como o Johny e confraternizações com jovens cristãos que havíamos acompanhado nos meses anteriores através de aulas dominicais.
Depois da EBF que aconteceu em julho de 2009 vivemos um momento de transição e decisão de dar um importante passo "Pela Fé". Estávamos felizes com o trabalho de pregar o Evangelho, principalmente por participar de pequenos grupos que se reúnem em casas e anunciar Jesus através de estudos pessoais. Mas decidimos não trabalhar mais vinculados a nenhuma congregação que se reúne em prédios. Acreditamos muito no trabalho com grupos pequenos e no evangelismo pessoal, por esta razão aceitamos trabalhar em parceria com uma igreja que pratica essas atividades. Porém, acreditamos que todas as pessoas que se tornam discípulos de Jesus Cristo devem ter apenas Ele como líder de suas vidas e entre eles a relação deve ser como o Senhor ensinou em João 13.1-17, quando Ele lavou os pés dos discípulos. Na igreja que Jesus Cristo criou e cuida NÃO existe liderança!!! (Para saber mais clique aqui).
No entanto, ainda no mês de agosto a Monique tomou a iniciativa de participar de um grupo de mulheres que se reunia no bairro Sítio Cercado ministrando aulas e colaborando de outras maneiras. Neste mesmo mês anunciamos em reunião com outros irmãos que não queriamos trabalhar naquelas condições, pois eu (Luis) reconheço que não me encaixo neste tipo de trabalho missionário que se reúne em prédios. Percebo que o Senhor tem nos abençoado muito através de reuniões em pequenos grupos e anunciando o Evangelho individualmente, mas também percebi a necessidade de admitir a minha falta de capacidade, dom, ou simplesmente diferença cultural para trabalhar como esperavam de mim. Acreditamos que cada grupo que se reúne numa casa para "estudo" Bíblico ou como uma célula, ou melhor, cada família de discípulos de Jesus Cristo, têm a autonomia total dada por Ele para celebrar a Ceia do Senhor anunciando o Evangelho em sua casa aos seus, ou amigos, parentes, vizinhos sem fazer da sua casa uma "Igreja" em miniatura, mas simplesmente sendo fiel ao Evangelho todos os domingos. E assim as famílias seriam fortes em Cristo e anunciariam a mensagem de Salvação a muito mais pessoas do que hoje, sem a necessidade da autorização ou controle de nenhum homem, somente a direção do Senhor.
Para isso, tudo o que temos a fazer é tão simples, basta anunciarmos que Jesus morreu, foi sepultado, mas ressuscitou pagando por nossos pecados e quem crê nesta mensagem deve se arrepender e ser batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados e receber o Espírto Santo. Foi apenas isso que anunciamos em uma única noite de visita na casa de nossos amigos Luiz e Jane, noite em que ela aceitou o Evangelho e tomou a decisão de ser batizada, fato que se concretizou dias depois conforme sua própria escolha.Exatamente como Pedro anunciou em Atos 2. 38 e os que creram aceitaram de acordo com o versículo 41, permanecendo fiéis celebrando a Ceia em suas casas como os restante do texto deixa claro. Assim também anunciamos o Evangelho para a Genyfer (neta de nossa irmã D. Lourdes) e sua mãe Sirley, visitando-as uma vez por semana depois que a Genyfer se machucou numa atividade na Escola Bíblia de Férias em julho. Alguns aceitam a mensagem o logo tomam a decisão, outros não e não sabemos como a semente cresce ou em que tipo de solo caiu, mas estivemos muito felizes no batismo da Genyfer, que até hoje estuda a Bíblia com a Monique em nossa casa.
No mês de agosto então decidimos deixar de servir ao Senhor do modo como estávamos fazendo para definitivamente assumir o trabalho de "igrejas em casas". Eu (Luis) não tinha nenhum emprego naquele momento, a Monique também não e nenhuma garantia de auxílio financeiro para a obra vindo da parte de nenhum irmão. Pois de fato nós nunca fomos exatamente "contratados" para trabalhar em tempo integral com nenhuma congregação, nós apenas recebíamos (graças a Deus e o amor dos irmãos que congregam ainda num prédio) uma ajuda através da benevolência, além de outros favores, como moradia e roupas. Mas sabíamos que era preciso seguir em frente, "pela Fé" e por compromisso à Palavra do Senhor acima de tudo, até mesmo correr o risco de magoar os amados irmãos que esperavam outra atitude de nós. Somente com Deus acima de tudo é possível amar os irmãos de verdade, sem falsidade, mesmo que ainda possa parecer confuso para alguns o trabalho das igrejas em casas e eu sentir a dor de não conviver mais com as pessoas mais importantes para mim que conheci na cidade de Curitiba desde que cheguei aqui há quatro anos atrás.
